sábado, 4 de novembro de 2017


Neste sábado, dia 04 de novembro de 2017, com a presença dos Ilustres Membros do tradicional Supremo Conselho do Rito Moderno, Irmãos Pasquale Mignella Filho, Soberano Grande Inspetor-Geral do SCRM; José Maria Batalla, Soberano Grande Inspetor-Geral de Honra do SCRM; Hélio Cézar Barroso, Diretor Secretário, Nilton Perez, Grande Secretário da Guarda dos Selos do SCRM; e Joaquim Cândido de Carvalho Neto, Diretor de Tesouraria e Finanças foi fundado o Sublime Capítulo Regional do Rito Moderno ANTONIO ONÍAS NETO, nº 37, jurisdicionado ao Supremo Conselho do Rito Moderno, ao Vale de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Com essa iniciativa o Rito Moderno avança mais um passo para a sua consolidação em terras gaúchas, dando seguimento à implantação do Rito no Estado, iniciada em 2004 com a fundação da ARLS Acácia Porto-Alegrense n. 3612 do Rito Moderno. Hoje o Estado conta com duas oficinas do Rito, nos Orientes de Porto Alegre e São Leopoldo, sendo que mais duas estão em processo de fundação, a ARLS Acadêmica Ivo César Dickie Neto, no Oriente de Porto Alegre e a ARLS Acácia Serrana, no Oriente de Canela – RS. Em breve, também, Irmãos do Oriente de Viamão estarão fundando uma Oficina Modernista naquela cidade.
O nome distintivo do Sublime Capítulo Rio-Grandense foi escolhido para homenagear o Sapientíssimo Irmão Antonio Onías Neto, defensor incansável do Rito Moderno, e que muito contribuiu para a implantação e consolidação do Rito no nosso Estado.
Na sua locução, o Irmão Arthur Aveline, Delegado do SCRM no Estado do RGS, parabenizou todos os fundadores pelo coroamento de um trabalho de mais de uma década, no sentido de termos em terras gaúchas a possibilidade dos Irmãos das Lojas Modernistas continuarem os seus estudos do Rito sem a necessidade de se deslocarem a outros estados da federação. A seguir agradeceu aos Membros do Supremo Conselho do Rito Moderno, em especial ao Soberano Irmão Pasquale Mignella Filho e ao Soberano de Honra, Irmão José Maria Batalla, pelo incentivo constante que sempre prestaram ao Rito Moderno no estado. Lembrou, ainda, a importância da ajuda sempre fraterna que os Irmãos do Rito Brasileiro, indistintamente, sempre prestaram ao progresso do Rito Moderno em terras gaúchas, graças a uma aliança fraterna que se iniciou em meados de 2007. Por fim, fez um agradecimento especial aos Irmãos Ernesto Lecey, Evandro Lecey e Eduardo Lecey que, inicialmente como membros ativos e regulares da ARLS Acácia Porto-Alegrense n. 3616 e, posteriormente, com a acolhida fraterna dos Irmãos das lojas Acácia Porto-Alegrense e União e Progresso nos Graus Superiores do Rito Brasileiro, sempre obraram efetivamente no verdadeiro trabalho maçônico de espargir Luz e Fraternidade, com o coração pulsando em harmonia, pregando a lei do bem em toda a parte.




domingo, 21 de agosto de 2016

No Dia do Maçom PAEL RS promove seminário sobre intervisitação


Para marcar o dia do maçom a PAEL RS promoveu no sábado, dia 20 de agosto, importante seminário sobre a inter visitação. As palestras dos Veneráveis Irmãos Deputados, Ernesto Lecey (Guardiões da Arca, 4348) e Arthur Aveline (Acácia Porto-Alegrense 3612) suscitaram um grande e produtivo debate entre todos os participantes. Do encontro surgiram novas e importantes sugestões de como incentivar a prática do costume da inter visitação entre as lojas do GOB-RS. 

Uma das conclusões tiradas do evento foi que o exercício da visitação é fator determinante para o fortalecimento das lojas e engrandecimento pessoal de quem visita. É preciso cada vez mais fomentar essa prática, que deve ser incentivada desde o início da caminhada do Aprendiz, para fins de observação da ritualística e aprendizado sobre como comportar-se em visitas, bem como para expansão do seu círculo de conhecimentos e amizades dentro da Instituição. 

Do encontro surgiu um documento com as conclusões obtidas nos debates e a recomendação a todos os Deputados para que transmitissem às suas respectivas lojas as sugestões surgidas no Seminário, a fim de incentivar a prática desse importante instituto maçônico

Após o encerramento, os participantes confraternizaram e comemoram essa importante data no calendário oficial do Grande Oriente do Brasil com um almoço de confraternização no Salão de Ágapes do Palácio Maçônico Duque de Caxias, sede do GOB-RS.




SCRM convoca todos os Cavaleiros da Sapiência - Grandes Inspetores do Rito para Sessão Magna de Fundação do Sublime Capitulo Regional Antonio Onías Neto, de Porto Alegre -RS


O Ato nº 102-2016/2019, de 17 de agosto de 2016, do Supremo Conselho do Rito Moderno, convoca todos os Cavaleiros da Sapiência - Grandes Inspetores do Rito para Sessão Magna de Fundação dos Sublimes Capítulos Regionais Caminho dos Príncipes (Joinville, SC) e Antonio Onías Neto (Porto Alegre, RS). 

A Cerimônia de Fundação faz parte da programação do II Encontro de Estudos dos Sublimes Capítulos Regionais de Santa Catarina, organizado pelo Grande Conselho Kadosh Filósofico do Rito Moderno para o Estado de Santa Catarina, que terá lugar na simpática e acolhedora cidade de Brusque, em Santa Catarina, no dia 08 de outubro próximo.


domingo, 14 de agosto de 2016

Fundação do Sublime Capítulo Antônio Onías Neto, ao Vale de Porto Alegre



No I Encontro Sul Brasileiro do Rito Moderno, realizado no último dia 13 de agosto, foi estabelecida pelo Irmão Arthur Aveline, Delegado do Supremo Conselho do Rito Moderno para o Estado do Rio Grande do Sul, a data de 08 de outubro de 2016 para a fundação do Sublime Capítulo Regional ANTONIO ONÍAS NETO, jurisdicionado ao Supremo Conselho do Rito Moderno, ao Vale de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, que realizar-se-á em Joinville, SC, em cerimônia conjunta de fundação com o Sublime Capítulo Regional Caminho dos Príncipes, ao vale de Joinville. Com essa iniciativa o Rito Moderno avança mais um passo para a sua consolidação em terras gaúchas, dando seguimento à implantação do Rito no Estado, iniciada em 2004, com a fundação da ARLS Acácia Porto-Alegrense n. 3612 do Rito Moderno. Hoje o Rio Grande do Sul conta com duas oficinas do Rito, nos Orientes de Porto Alegre e São Leopoldo, sendo que mais duas estão em processo de fundação, uma no Oriente de Canela e outra no Oriente de Viamão.


O nome distintivo do Sublime Capítulo Rio-Grandense foi escolhido para homenagear o Sapientíssimo Irmão Antonio Onías Neto, defensor incansável do Rito Moderno, e que muito contribuiu para a implantação e consolidação do Rito no nosso Estado.


No sábado, 13 de agosto, a belíssima cidade de Joinville, em Santa Catarina, foi anfitriã do XI Encontro Estadual do Rito Moderno - GOB-SC e do I Encontro Sul Brasileiro do Rito Moderno, com a presença das Lojas Modernistas do Rio Grande do Sul, Acácia Porto-Alegrense nº 3612 (Porto Alegre-RS) e União e Progresso, nº 4123 (São Leopoldo-RS), que se fizeram representar pelos Irmãos Arthur Aveline, Lucas Zíngano, Antônio Zíngano, Luiz Alberto Zichlinski e Alex Ciotti.



Exatamente às 9:00hs, no Templo da ARLS Fraternidade Acadêmica Ciência e Arte Real, nº 4284, ao Oriente de Joinville, Estado de Santa Catarina, o Eminente Grão-Mestre Estadual do GOB-SC, Irmão Adalberto Aluízio Eyng, tendo a seu lado o Irmão Adilson Macário de Oliveira Júnior, Venerável Mestre da ARLS Fraternidade Acadêmica Ciência e Arte Real, nº 4284, do Rito Moderno, abriu oficialmente o XI Encontro Estadual do Rito Moderno e o I Encontro Sul Brasileiro do Rito Moderno, com a participação efetiva das seguintes Lojas:

ARLS Ordem e Trabalho, nº 0787 - Oriente de Florianópolis - Santa Catarina
ARLS Harmonia e Trabalho, nº 2816 - Oriente de Florianópolis - Santa Catarina
ARLS Lealdade, nº 3058 - Oriente de Florianópolis - Santa Catarina
ARLS Taberna da Pirâmide, nº 3154 - Oriente de Pontal do Paraná - Paraná
ARLS Acadêmica Bruno Carlini, nº 3176 - Oriente de Balneário Camboriú - Santa Catarina
ARLS Gralha Azul – Nº 3271, nº 3271 - Oriente de Londrina - Paraná
ARLS Philantropia e Liberdade, nº 3557 - Oriente de Brusque - Santa Catarina
ARLS Acácia Porto-Alegrense, nº 3612 - Oriente de Porto Alegre - Rio Grande do Sul
ARLS Fraternidade Acadêmica Ciência e Artes, nº 3685 - Oriente de Jaraguá do Sul - Santa Catarina
ARLS Universitária Alcio Antunes, nº 3778 - Florianópolis - Santa Catarina
ARLS Acadêmica Razão e Virtude, nº 3786 - Oriente de Brusque - Santa Catarina
ARLS União e Progresso, nº 4123 - Oriente de São Leopoldo - Rio Grande do Sul
ARLS Augusto Pinto da Luz, nº 4245 - Oriente de Florianópolis - Santa Catarina
ARLS Fraternidade Acadêmica Ciência e Arte Real, nº 4284 - Oriente de Joinville - Santa Catarina
ARLS Acadêmica Concórdia Et Humanitas, nº 4449 - Oriente de Blumenau - Santa Catarina




Na parte da manhã os trabalhos se focaram em questões ritualísticas e doutrinárias referentes à Cerimônia de Iniciação no Rito Moderno, em atividade conduzida com brilhantismo pelo Sapientíssimo Irmão Alexandre Camargo, neste ato representando o Soberano Inspetor Geral do Supremo Conselho do Rito Moderno, Sapientíssimo Irmão Pasquale Mignella Filho.



À tarde, formaram-se Oficinas de estudo, divididas em temas relativos às funções e atribuições dos diversos cargos desempenhados em Loja.

Ao final dos Encontros, ficou estabelecido que o II Encontro Sul Brasileiro, a realizar-se em 2017, será organizado e sediado pelas Lojas do Oriente de Brusque, SC.
Também foi definido que o Rio Grande do Sul sediará o III Encontro Sul Brasileiro do Rito Moderno e o II Encontro Estadual do Rito Moderno (RS), no ano de 2018, em data a ser definida.




quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Banquete Ritualístico conjunto das Lojas Acácia Porto-Alegrense e União e Progresso

Na noite do dia 24 de setembro de 2014, num ambiente de muita alegria e satisfação, as Lojas Acácia Porto-Alegrense 3612 e União e Progresso 4124 realizaram, em conjunto, Banquete Ritualístico para comemorar os aniversários da Lojas. Enquanto a ARLS Acácia Porto-Alegrense comemorou seu 9º aniversário, a ARLS União e Progresso festejou seu 3º ano. Os trabalhos foram conduzidos pelos Veneráveis Mestres, Irmãos Arthur Aveline (Acácia Porto-Alegrense) e Jonas Serafim (União e Progresso), e contaram com a presença de autoridades e convidados.

Estandartes das Lojas aniversariantes


Veneráveis Irmãos Aveline (centro) e Serafim (direita)

Durante o desenvolvimento dos Trabalhos, foi apresentada uma breve retrospectiva história da ARLS União e Progresso 4123, de autoria do Irmão I. G. Corrêa, que emocionou a todos pela precisão do relato e pela lembrança de detalhes. Foram lembradas as significativas e fundamentais colaborações dos Irmãos José Maria Batalla e Mario Juarez de Oliveira (in memoriam), na época da fundação, respectivamente, Soberano Inspetor Geral do Supremo Conselho do Rito Moderno e Grão-Mestre Estadual do GOB/RS.

Irmão I. G. Corrêa apresentando sua Peça de Arquitetura

A seguir, foi servido o Banquete, que ficou ao encargo dos Irmãos Paulo Dalsoto e Jairo Breier. 

Irmãos Dalsoto e Jairo no momento em que recebiam os agradecimentos e aplausos dos demais Irmãos pelo excelente ágape.

A organização do evento foi impecável e todos os presentes receberam, como lembrança do momento histórico, um guardanapo confeccionado especialmente para a data, contendo as imagens dos estandartes das Lojas.


Abaixo, alguns registros fotográficos:



A todos os Irmãos que de alguma forma, nesses nove últimos anos, colaboraram para a formação e fortalecimento dessa duas Oficinas ficam aqui os agradecimentos efusivos da Delegacia do SCRM para o Estado do Rio Grande do Sul.




quinta-feira, 6 de junho de 2013

REFLEXÕES SOBRE FRANCO-MAÇONARIA E RAZÃO


Irmão ANDRÉ OTÁVIO ASSIS MUNIZ – MI
Centenária Loja XIV DE JULHO do Rito Moderno
Oriente de São Paulo – SP

“QVAE VOLVMVS ET CREDIMVS LIBENTER”
(Acreditamos de bom grado em tudo o que queremos)


        Muitos textos e muitas idéias sobre Maçonaria são produzidas neste início do século XXI. No Brasil temos abundância de literatura que versa sobre o tema.

        No entanto, sempre me questionei sobre a ausência de textos que confrontem a racionalidade e a lógica implacável da ciência com a temática maçônica.

        São facilmente encontrados textos que relacionam Maçonaria a misticismo, astrologia, ocultismo e temas afins, mas, surpreendentemente, textos com tendência cética ou racionalista são praticamente inexistentes.

        Não faço aqui a defesa dos céticos, da razão científica ou de coisa parecida. Simplesmente constato um fato: a maioria do que se produz sobre Maçonaria é reflexo de uma única tendência dentro da Ordem.

        As idéias Iluministas, das quais a Maçonaria tanto se ufana, parecem ficar escondidas dentro de um armário invisível, do qual só se tiram pequenas citações ou vagas lembranças (quase sempre descontextualizadas), mas que, na prática, se tornam extremamente incômodas por questionarem algumas das mais queridas crenças de tantos maçons.

        É curioso notar como pessoas que se dizem “livres-pensadores” podem agir na contra-mão absoluta de tudo aquilo que tal título invoca.

        Pode haver livre-pensamento quando se teme a controvérsia?

        Assim, ignorando tacitamente todas as luzes científicas, todo o método racional de trabalho, toda a lógica rigorosa do pensamento filosófico, vai se entrando em um tipo de sonolência perniciosa, uma indolência cheia de resquícios obscurantistas, superstições, crenças estúpidas e mentiras deslavadas cujo objetivo é agradar ao ego fascinado por lendas e por um mundo irreal, povoado de príncipes imortais, fadas, bruxos, magos, sábios da montanha e poderes inimagináveis que nos possibilitem fugir para bem longe de nossa realidade tão pouco confortável e interessante.

        Desta forma, movidos pelo desejo de fabricar uma “realidade alternativa”, os livros maçônicos vão se povoando de “irmandades secretas”, cruzados dotados de poderes fabulosos, segredos terríveis, explicações mirabolantes (quando não absolutamente ridículas) sobre os símbolos operativos, iniciações nas pirâmides, conceitos astrológicos esdrúxulos, magia medieval e outras “pérolas” que não conseguem se sustentar perante a mais superficial análise lógica ou científica.

        A Ciência Histórica é constantemente ignorada, adulterada ou inventada de forma discricionária e aleatória pelos profícuos escritores maçônicos. E quando alguém ousa lançar, em face de tais “sábios”, fatos e documentos que contestam e desmentem cabalmente o que sustentam, é como se lhes dessem uma bofetada, como se fosse uma gravíssima injúria a constatação de seu erro... Dá a impressão de que a verdade é a grande inimiga a quem devemos temer e de quem devemos correr céleres, antes que ela nos arranque do doce sono em que estamos mergulhados.

        É curioso notar a fisionomia crispada de muitos quando questionamos algum de seus postulados. Em geral, quanto menos argumentos, mais fanática é a defesa dos dogmas em que se acredita (ou se finge acredita, por conveniência).

        Por que é tão doloroso encarar a verdade? Por que nós fugimos tanto das evidências mais gritantes?

        Reflitamos: a Maçonaria é uma instituição nascida, como hoje a conhecemos, no século XVIII (1717, para sermos exatos). Seus grandes objetivos são induzir o ser humano ao conhecimento, elevar a estatura moral e a dignidade da Humanidade como um todo, estimular o livre pensamento longe de coações, proclamar a fraternidade universal, favorecer o livre exame de todas as questões e finalmente, proporcionar de forma anônima o bem estar dos desvalidos e o auxílio aos necessitados, fazendo com que a Humanidade se aproxime cada vez mais dos ideais de Amor Universal.

        Para atingir tais objetivos, a Maçonaria impõe um método que lhe é próprio, a saber, sua ritualística e sua simbologia.

        Qualquer pessoa com o mínimo de noção em Psicologia e Antropologia sabe que o Símbolo é um fator poderosíssimo de influência moral, social e comportamental para todos nós. Ora, a vivência dos Símbolos se dá através dos ritos, da dramatização do mito que originou um ou outro símbolo e que, conseqüentemente, desperta em nós uma série de sentimentos, reflexões, desejos e condutas que seriam inatingíveis sem esta “linguagem muda” que provoca o que Claude Levy Strauss chama de “eficácia simbólica”. Tudo muito simples, muito claro.

        Se quisermos estudar estas questões em profundidade, basta recorrer a bons livros de Antropologia (M. Eliade, C. L. Strauss, R. Girard, etc.), Psicologia (Jung, C. A. Méier, etc.) e outras ciências correlatas.

        Se quisermos entender as origens históricas da instituição, devemos recorrer a bons livros de História, estudar as antigas corporações de Ofício, a simbologia Operativa, a História da Arquitetura. Devemos nos reportar ao estudo da filosofia medieval e ao pensamento Iluminista, contextualizando cada uma destas ciências em seu tempo, evitando cair na armadilha de “transplantar” estes conceitos para os dias de hoje sem antes purgá-los de todos os vícios e erros inerentes às limitações da época em que foram criados.

        Tudo isso lhe parece óbvio? Pois a muitos isto beira à atrocidade, é uma heresia digna de expulsão de qualquer loja do globo terrestre.

        Estes “muitos” querem que a Maçonaria seja uma religião, querem Bíblias, invocações a Deus (leia-se o Deus da Bíblia), querem faraós maçons, Pitágoras maçom, Jesus maçom. Querem explicações fabulosas, visões místicas, ocultismo, títulos gloriosos, templários realizando operações alquímicas sob a égide de Baphomet, paganismo, conceitos supersticiosos misturados com pseudofilosofia e religião mal digerida, tudo isso cozido num caldeirão alquímico chinês, temperado com muitas medalhas de latão, paramentos e pedaços de pizza com cerveja...

        Assim, aquilo que se prestaria a elevar o Homem ruma à Ciência, ao Conhecimento e ao Progresso, acaba por se tornar uma desculpa esfarrapada para laurear a crendice, as tolices e a pseudociência com o “respaldo” de uma das mais belas instituições humanas, sujando-lhe o nome e ofuscando-lhe o brilho.

        A busca sincera pelo conhecimento do que é real, daquilo que realmente pode ajudar à Humanidade, deveria ser o farol a guiar todos os maçons. Agradando-nos ou não, a Verdade será sempre a Verdade e é a ela que devemos buscar, mesmo com todas as nossas limitações e mesmo que a mentira pareça bem mais convidativa e lustrosa.

        Uma das condições para que alguém seja feito maçom é ser livre. Será que diante de tudo isso podemos realmente nos dizer LIVRES?

        Será que somos suficientemente livres para recebermos as instruções da Maçonaria?

“Não devemos acreditar nos muitos que dizem que só as pessoas livres devem ser educadas, deveríamos, antes, acreditar nos filósofos que dizem que apenas as pessoas educadas são livres”. (Epicteto, filósofo romano e ex-escravo).

        A Franco-Maçonaria tem como um de seus mais elevados ideais o combate sem trégua à superstição e ao obscurantismo escravizante.

        Nosso país, o Brasil, é infelizmente considerado um dos mais supersticiosos do mundo. Grande parcela da população vive carregada de crendices, amuletos, ritos mágicos e idéias estranhas, herdadas da época colonial.

        A História da Humanidade tem demonstrado que em todos os tempos a superstição e o fanatismo são elementos extremamente deletérios para os povos que foram vitimados por eles.

        As superstições tornam as pessoas escravas de idéias sem nenhum fundamento na realidade, idéias que, se submetidas ao crivo da razão, não passam de nuvens de fumaça.

        Muitas crenças religiosas, quando levadas de forma descontrolada, apresentam efeitos até piores do que os da simples superstição, pois conseguem escravizar muito mais vigorosamente com suas idéias de castigos terríveis e recompensas colossais...

        Desgraçadamente, milhões de vidas já foram ceifadas graças a essas “nuvens de fumaça”, essas ilusões espirituais que, sem apresentar quaisquer provas, obrigam os homens a viverem reduzidos a meros autômatos, sem poder de raciocinar por si próprios, sem ação, congelados pelo medo do inferno e anestesiados pela esperança do céu.

        Dentro da Franco-Maçonaria o Rito Moderno, por ser um rito RACIONAL, ocupa a vanguarda do combate contra as crendices, superstições e fanatismo.

        Seria absurdo que um Franco-Maçom fosse supersticioso, ainda mais se tratando de um modernista.
        O perfil do modernista é o de um Livre-Pensador, que examinando todas as coisas de forma cética, buscando a verdade acima de tudo, não se pronuncia sem ter todos os elementos necessários para formar um juízo que seja, ao menos, provável ou verossímil. Assim, o modernista não é uma “presa fácil” dos charlatões, médiuns, quiromantes, curandeiros, astrólogos, etc. Aliás, o verdadeiro modernista bota a correr toda essa gente, pois faz brilhar a Luz da Verdade, a Razão Pura que afugenta todos os oportunistas de plantão.

        A palavra “cético” é muitas vezes vista com preconceito, como se fosse um adjetivo indesejável, quase um desacato. Muitos crédulos a usam nesse sentido. Nada mais distante da realidade!

        A Franco-Maçonaria com seus símbolos e ritos, nos remete a um paradigma moral e nos obriga a refletir sobre a missão do Homem, enquanto membro de uma coletividade chamada Humanidade.

        Uma vez interiorizados os símbolos maçônicos, teremos homens melhores, homens de bem, homens que conseguem enxergar muito mais além do que o vulgo profano, porém, não teremos místicos, mágicos, magos ou seres sobrenaturais...

        No Rito Moderno isso é claríssimo, uma vez que não utilizamos nem sequer referências a idéias metafísicas ou religiosas, tão caras a outros ritos.

        As lojas do Rito Moderno devem ser TRIBUNAS LIVRES DA RAZÃO, e não centros de exibicionismo vaidoso e de doutrinação pseudomística.